Professor Abelino convida escola especial de surdos para visitar a Câmara

Sessão ordinária foi traduzida em libras

            A Câmara Municipal recebeu, na manhã desta quinta-feira (25), a visita dos alunos da Escola Municipal de Educação Especial para Surdos Professora Ilza de Souza Santos. Convidados pelo vereador Professor Abelino, os estudantes assistiram à sessão ordinária, que foi traduzidas para libras (Linguagem Brasileira de Sinais) pelas professoras Cláudia Stanoga e Camila Castellar.

            A iniciativa do vereador deu-se em razão da comemoração do Dia Nacional do Surdo, celebrado em 26 de setembro. “Essa data relembra a inauguração da primeira escola para surdos no país, em 1857 durante o império de Dom Pedro II, denominada Instituto Nacional de Surdos e Mudos do Rio de Janeiro, que funciona até hoje”, explicou.

            Abelino também comentou que já apresentou proposta à direção da Casa para contratação de um profissional de libras para interpretação das sessões. Em resposta, o presidente Sylvio Monteiro declarou que pretende fazer tal contração até o final deste ano. Foi citada ainda, a indicação nº 4101/14 de autoria da vereadora Lucia Stoco, a qual solicita a presença de intérpretes em todas as repartições públicas do município, a fim de facilitar a comunicação de surdos.  Na ocasião, a vereadora falou sobre o assunto. “Tenho uma filha surda e acredito que eles merecem todo respeito, pois os surdos são negligenciados pelo poder público. Eles não são deficientes, são tão ou mais capazes do que nós”, disse.

            A professora Cláudia Stanoga agradeceu o convite e destacou a importância da educação especial para surdos. “Atualmente atendemos 16 alunos, mas no município há no total 130 estudantes surdos. Essa maioria está em escolas regulares e sente dificuldades de aprendizado. A consequência é que eles ficam atrasados em relação aos colegas e muitos acabam abandonando os estudos”, afirmou ela. A professora acredita que alunos surdos devem ser educados em escolas especiais, com o acompanhamento de profissionais especializados.

            Para Rosana, aluna da escola Ilza de Souza, é bastante difícil comunicar-se em repartições públicas ou demais locais. “A maioria das vezes tento fazer leitura labial, mas nem sempre consigo. Por isso, sou obrigada a estar sempre acompanhada de um familiar, pois não tenho como contratar um intérprete”, contou. O professor Tiago e a auxiliar administrativa da escola, Ana Carolina, também solicitaram maior atenção do poder público com a educação especial. “Já existe um projeto de reforma da escola, mas sua efetivação é demorada e ainda corremos o risco de ter as portas fechadas por falta de incentivo”.

            O vereador Professor Abelino comprometeu-se a analisar o assunto e, como presidente da comissão de educação da Câmara, buscar melhorias para Escola Ilza de Souza e para toda educação especial no município. “É bom sabermos que os vereadores se importam com a causa dos surdos e lutam por melhores condições de aprendizado”, finalizou a professora Cláudia.

 

Renata Teixeira Gomes
Assessoria de Imprensa 25/09/2014

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